Pobres criaturas,
Pobres de espírito!
Quão pouco têm de vida!
Apraz perguntar se saberão
Sequer o que é um olhar de estima
Ou um sorriso de devoção.
Tanto passa ao lado dessas almas
De vozes gritantes e despidas e
Palavras isentas de significado.
Rostos manchados pelo aljôfar
De esperança numa aurora
Que se quer sem lutar.
Em tão quente lar mãos geladas.
Cansaço de tudo, cansaço de nada,
Nos rostos vulgar queixume e
Nos corpos constante devassar.
Pobres coitados, que se sentem mal amados!
Como não, se nada fazem para amar?
Sara Gonçalves
Torres Vedras, 31 de Janeiro de 2011
Um verdadeiro poema.
ResponderEliminarMerci!
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