domingo, 1 de maio de 2011

Sol

O Sol invade meu espaço

Até então embrenhado na escuridão

De uma tristeza incomensurável.


Acarreta o Sol a pequenez do mundo,

Mundo tão pequeno que o olhar quase perde,

Mundo tão pequeno que a imensidão

Do Universo deglute.


É essa mesma pequenez que me conforta

Quando penso na distância que nos separa,

É essa mesma pequenez que me acorda

Desse desassossego que, por tanto tempo,

Sugou minhas energias.


Percebo agora que tal distância é ínfima

E facilmente ultrapassável,

Pois se fosse colossal e inabalável

Não estaríamos, certamente,

Debaixo de um mesmo Sol.


Sara Gonçalves,

Braga, 1 de Maio de 2011.

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