sábado, 11 de junho de 2011

"Esse quê cindido de nós"

Assim somos,

Prisioneiros de uma liberdade

Esquecida no tempo,

Acorrentados em algemas

De honra e compromissos,

Força da aparente intransponibilidade

Entre o parecer que se vive e o viver.


Olhamos o acessório com sofreguidão,

Esquecemos o essencial -

Esse quê cindindo de nós

Que só em escassos momentos

De profunda e grandiosa lucidez

Vem à deriva

Como um corpo que há muito tempo

Se encontrava perdido no imenso mar.


Sara Gonçalves,

Braga - 11 de Junho de 2011

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