quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Viagem a Itália - Parte II (Milão)

E era mesmo. Tive pena de deixar Verona, na manhã seguinte. Depois de dar um beijo de parabéns à Cristina e de lhe oferecer um presente, saí com o André para comprar postais e tomar um café. Uma coisa que me agradou em Itália foi precisamente o café. Meses depois de ter provado o turco, achei o italiano verdadeiramente bom!

Apanhámos o comboio das onze horas para Milão e chegámos por volta da hora de almoço. Depois de matar a fome com mais uma pizza, apanhámos o metro para Il Duomo. Ao subir as escadas, na praça central, tive de abrir bem os olhos para verificar que, de facto, estava a ver aquela imagem e que tudo aquilo não era um sonho.

A catedral é arrepiante! Muito trabalhada, muito grande e muito, muito bela! Na praça central, havia também uma estátua invadida por pombos, umas quantas esplanadas e as galerias de Milão, onde se encontram algumas das marcas mais caras de todo o mundo. Gostei de entrar na loja oficial do AC Milan. Foi lá que comprei a lembrança para o meu irmão Rui. Claro!

Depois das galerias, vimos a estátua de Leonardo da Vinci e visitámos a loja do teatro La Scala. Aí a Cristina comprou uma t-shirt muito engraçada e emprestou-ma para eu poder visitar catedral. Os seguranças não me iriam deixar entrar com os ombros à mostra.

A tarde em Milão rendeu de tal maneira que ainda conseguimos descansar debaixo de uma árvore em frente a um repuxo onde muitas pessoas tomavam banho (fazia imenso calor!), visitar o castelo Sforza, o parque verde, o arco (idêntico ao do Triunfo, em Paris) e uma loja de música clássica que era, diga-se, uma verdadeira perdição! Ah!, vimos a casa do Pinóquio e tirámos uma fotografia com ele!

Jantámos numa esplanada numa das ruas principais da cidade. O atendimento foi excelente, mas o risotto que eu e a Cristina comemos não era nada de especial. Foi pena, a minha amiga merecia uma refeição mais requintada para festejar os seus anos. Não obstante, tivemos uma ideia que alegrou a nossa noite: depois de ver os preços das sobremesas e de termos chegado à conclusão que ali na esplanada elas custavam mais cinco euros, pagámos a conta, comprámos três fatias para levar e deliciámo-nos com o melhor tiramissú de sempre! Longe daquele restaurante, claro…!

Chegámos a Bergamo por volta das zero horas e trinta minutos. Uma vez que não valia a pena pagar quarto por tão poucas horas, pois o avião era bastante cedo, passámos a noite no aeroporto. Enquanto lá estive, não achei grande piada ao frio e às dores de costas que se apoderaram de mim. Porém, agora, quando olho para trás e me lembro daquela noite de Domingo, não consigo deixar de rir de mim própria por ter ideias tão loucas!

Para cá, o avião não se atrasou e, às oito horas e trinta minutos, estávamos no Porto, com Verona e Milão no coração, e com uma paixão e um apreço por Ennio Morricone ainda maiores. Um “gracia mille” a esse grande senhor da música clássica por nos ter levado a Itália. País onde espero, um dia, voltar!


Sara Gonçalves

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