No céu a bruma do norte,
No quarto cama fria e solitária
Onde adormeço todas as noites
Só.
Foi essa solidão que me fez querer
Enterrar para sempre
Teu nome,
Tua voz,
Tua imagem.
Pensou minha razão ingénua
Que havia elegido caminho mais seguro.
Perguntam-me que caminho é esse.
Todos o chamam de ‘adeus’.
‘Adeus’ pronunciei vezes que não se contam
Antes de te enviar, por fim, a palavra.
Essa palavra que,
Sob um infindo fio de lágrimas,
Poria fim ao sofrer.
Não sabia eu o que isso era,
Pois se o soubesse
Tal despedida não teria sido mais
Que pura quimera.
Nada no mundo se pode separar
Sem antes se ter unido.
Espero que nos unamos, um dia.
Até lá guardo com cuidado
O pensamento que te pensa,
O coração que te sente,
O amanhã que te trará até mim.
Por nós o aguardo
Sem pressas nem devaneios,
Sem escapes nem injúrias.
O caminho mais fácil é a fuga,
Mas não há fuga que traga felicidade.
A verdadeira força humana reside na paciência.
Paciente é o amor.
Sara Gonçalves
Torres Vedras, 14 de Setembro de 2011
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