segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

"As Memórias do Pai Natal"

Era um ambiente repleto de luz e igualmente cheio de calor humano. À minha volta estavam dezenas de pessoas em quem eu podia ter reparado, mas os meus olhos apenas se focaram no mais simples dos seres. Uma criança de rosto rosado olhava para um mar de livros repleto de histórias infantis, daquelas que nos fazem sonhar com contos de fadas e que tornam tudo muito mais fácil. É triste quando chega o dia em que as noites terminam com um suspiro de cansaço e não com um sorriso de esperança! A honestidade vai-se perdendo à medida que o tempo passa, mas, também por isso, o nosso desejo de a ter de volta cresce, e cresce. Naquele momento, olhar para aquele menino foi como ver-me ao espelho. Dantes, também era assim... Pegava num livro e sentia que podia, com as suas palavras, conquistar o mundo! O toque das folhas enchia o meu peito de conforto e o cheiro do papel era o melhor dos aromas natalícios. “As memórias do Pai Natal” - leu a criança, a olhar para o pai com um ar enternecido. Sorri com aquela simples frase e os meus olhos encheram-se de lágrimas. Foi nesse momento que percebi que vivemos mais ao acreditar em alegres utopias do que em tristes realidades.

2 comentários:

  1. como é verdade o que escreves... como é verdade...

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  2. Junte-se a este comevedor retrato o célebre poema de António Gedeão e tem-se o natal.
    Festas felizes jovem filósofa!

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