quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Chama

Há em mim uma chama

Que não se apaga, cresce!

Até ser fogo

Demolidor.

Que queima!


Dele brota a angústia.

Calor mortífero.

Implacável!

És tu,

Coração!

Pobre coração!!


Apagas a minha mente,

Tiras-me a coragem.

Mas os outros falam…

E é então que sentimentos fluem…

Ai!, aquela sede!

Quero matar a sede!!!


Ó!... De que me vale ouvir

Quando os meus olhos não sabem falar?

Melhor assim.

Já não cometo o erro do mundo:

Pensar que sabe tudo

Quando afinal não sabe nada.

Nada!!!!


Nada.


Sara Gonçalves

Braga, 22 de Setembro de 2010.

3 comentários:

  1. Faz bem agora ler a Florbela Espanca. Cada estado de espírito encaminha-nos para determinado poeta. Não nos minoriza, engrandece-nos.

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  2. Todos carregamos no nosso íntimo uma chama, que ou permitimos que se apague, ou a conseguimos manter eternamente acesa.
    Belo poema!

    Beijinhos.

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  3. Obrigada aos dois pelos vossos comentários!
    Beijinhos

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