domingo, 21 de novembro de 2010

A chuva que cai lá fora

Oiço a chuva que cai lá fora

E que desassossegadamente penetra

O alcatrão que veste a estrada

Sombria.


Cada gota é lágrima

Que busca incessantemente um chão

Para aí mesmo desaparecer.

Morrer.


A solidão que perfaz o meu ser é

Por breves instantes

Camuflada com o barulho

Que vem da rua.


Mas instantes que são breves

Depressa se desvanecem.

Perdem-se num Universo cheio de estrelas

Que se limitam a brilhar na mudez do céu.


A chuva parou.

Na escuridão do meu quarto

Reina o silêncio.

Continuo só.

Sara Gonçalves

Braga, 21 de Novembro de 2010.

1 comentário:

  1. Nunca estarás só amor *
    Quando o sentires, já sabes.. mata as saudades com um telefonema xD os teus amigos estaram sempre dispostos a acolher-te.

    És pura em todas as tuas palavras, adoro-te

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