sexta-feira, 11 de março de 2011

Só a Espera

O tempo como

A ausência de tudo.


Espaço que se conta

Com a palma da mão

Até ao dia em que estes

Dedos se quebram

Tal-qual fineza de cristal.


Impossibilidade de existir

Nessa eterna existência

Impossível.

Espíritos que aguardam.

Inquietos.

Escusada é a inquietude.


Da vida nada mais se espera.

Só a espera.


Sara Gonçalves

Braga, 1de Março de 2011.

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