A certeza surge nos lugares mais inesperados e nos segundos mais longos, pois o momento em que descobrimos aquilo que realmente somos não é menos que a eternidade.
Acordei com o Sol a bater-me na cara, pensando que aquele seria um dia igual a qualquer outro. Era sempre a tristeza que me acordava e, ao deitar-me, ela adormecia a meu lado, prometendo estar ali na manhã seguinte. Por isso, as minhas oito horas de sono diárias eram talvez as melhores da minha vida, pois nelas não precisava de me esconder. Os meus sonhos preenchiam-me, porque eram eles a minha única realidade.
Levantei-me, desejando, como sempre, não levantar. Olhei-me ao espelho e o ódio que sentia por mim era profundo e avassalador. Apetecia-me destruir aquela imagem, vê-la cair desfeita em cacos. No fundo, era assim que eu já me encontrava.
Uma sessão de estudo de Economia (imagine-se!) esperava-me naquele dia. Peguei nos livros e dirige-me à Biblioteca Municipal. Quando lá cheguei, encontrei uma ex-colega de turma e um amigo de longa data. Ambos olharam-me nos olhos e sentiram toda a mágoa que me inundava. “Se não estás bem, muda, tens 18 anos, não queiras ter 50!”. Aquelas palavras queimaram-me a garganta, mal conseguia respirar. “Não ligues ao que os outros te dizem, tu é que importas, assim como aquilo que queres”. Talvez. “Toma uma atitude! Sê feliz!” Nisto, sentei-me numa das mesas, prestes a explodir. O meu amigo sentou-se diante de mim e colocou-me à frente um livro. E foi aí que o mundo parou. O livro intitulava-se “Filosofia – do ser e do ensinar”. Os meus olhos encheram-se de lágrimas e uma certeza absoluta invadiu o meu corpo e a minha alma. Soube naquele instante que nunca mais na minha vida esqueceria aquele título, pois fora ele que me fez perceber que, na vida tão breve, só o que nos faz chorar de alegria importa. Havia chegado a hora de ser louca, de lutar e conquistar. Era esta loucura que me trazia o mundo de volta, o mundo do qual muitos fogem, por medo de enfrentar os obstáculos que todos os dias atropelam os sonhos. Mas é nos seres sonhadores que reside a esperança de que, um dia, tudo vai melhorar.
Acordei com o Sol a bater-me na cara, pensando que aquele seria um dia igual a qualquer outro. Era sempre a tristeza que me acordava e, ao deitar-me, ela adormecia a meu lado, prometendo estar ali na manhã seguinte. Por isso, as minhas oito horas de sono diárias eram talvez as melhores da minha vida, pois nelas não precisava de me esconder. Os meus sonhos preenchiam-me, porque eram eles a minha única realidade.
Levantei-me, desejando, como sempre, não levantar. Olhei-me ao espelho e o ódio que sentia por mim era profundo e avassalador. Apetecia-me destruir aquela imagem, vê-la cair desfeita em cacos. No fundo, era assim que eu já me encontrava.
Uma sessão de estudo de Economia (imagine-se!) esperava-me naquele dia. Peguei nos livros e dirige-me à Biblioteca Municipal. Quando lá cheguei, encontrei uma ex-colega de turma e um amigo de longa data. Ambos olharam-me nos olhos e sentiram toda a mágoa que me inundava. “Se não estás bem, muda, tens 18 anos, não queiras ter 50!”. Aquelas palavras queimaram-me a garganta, mal conseguia respirar. “Não ligues ao que os outros te dizem, tu é que importas, assim como aquilo que queres”. Talvez. “Toma uma atitude! Sê feliz!” Nisto, sentei-me numa das mesas, prestes a explodir. O meu amigo sentou-se diante de mim e colocou-me à frente um livro. E foi aí que o mundo parou. O livro intitulava-se “Filosofia – do ser e do ensinar”. Os meus olhos encheram-se de lágrimas e uma certeza absoluta invadiu o meu corpo e a minha alma. Soube naquele instante que nunca mais na minha vida esqueceria aquele título, pois fora ele que me fez perceber que, na vida tão breve, só o que nos faz chorar de alegria importa. Havia chegado a hora de ser louca, de lutar e conquistar. Era esta loucura que me trazia o mundo de volta, o mundo do qual muitos fogem, por medo de enfrentar os obstáculos que todos os dias atropelam os sonhos. Mas é nos seres sonhadores que reside a esperança de que, um dia, tudo vai melhorar.
Alguns meses passaram desde a minha decisão. O curso de Filosofia espera-me em Braga e eu não vou fugir, pois é esta certeza que eterniza o meu ser.
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